28 de setembro de 2011
26 de setembro de 2011
Escrita anódina.
Não há escrita vaga.
Escrevo para conciliar o inconciliável.
Palavra entre multiplicidade e unidade. Incontornável.
Letras seculares, palavras-crença.
Presença real da fala em toda sua pertinência.
Escrever não só o vivido,
mas o vivido carregado de representação.
Escrita-marca. Escrita-incisão.
Essência-escrita. Dita.
Possibilidade anunciada sem véu. Busca que se desloca pro texto.
Pretexto de ir, ficando no papel.
22 de setembro de 2011
Sem queixas...
Há ocasiões em que não consegues nada,
nem um sorriso, outras em que consegues tudo,
até cartas de recomendação.
Não te queixes, nem te gabes.
Era que os anjos estavam brincando de rapa-bota-tira-deixa…
E a tua história quotidiana é tecida ao acaso dos lances.
Até que sobrevenha o R do rapa-tudo.
(Aí então os anjos te recolherão.)
Mário Quintana in “Sapato florido
21 de setembro de 2011
16 de setembro de 2011
15 de setembro de 2011
Por onde seguir...
Gostaria que as respostas de que preciso, vinhessem por escrito,
tipo manual de instruções do veículo.
Ligo o carro e sigo.
O som até seria uma boa companhia, se cada música não fosse um registro nítido de vivências.
[Certos sentimentos não precisam ser ilustrados com lembranças,
tipo manual de instruções do veículo.
Ligo o carro e sigo.
O som até seria uma boa companhia, se cada música não fosse um registro nítido de vivências.
[Certos sentimentos não precisam ser ilustrados com lembranças,
até por já serem explícitos demais.]
Dirijo horas constatando que não sei por onde ir.
Dirijo horas constatando que não sei por onde ir.
A verdade é que; às vezes a gente não vai, não por falta de vontade ou de combustível, mas por falta de estrada.
Não há caminho. A ponte está quebrada.
A placa diz: PARE!
Nem cartomante podia "me abrir os caminhos" agora.
Retorno e fico dando voltas...
[É massacrante dirigir para lugar nenhum.]
Penso no caminho de volta. De volta pra onde?
Para minha vida talvez?
Continuo o trajeto.
Não procuro mais atalhos pra voltar.
Sigo em frente e o percurso me dá tempo suficiente,
para atualizar de forma pormenorizada minha memória afetiva.
Pois é, como eu mesma já escrevi,
às vezes é preciso mudar a rota, o problema é não ter mapa nenhum para nos guiar nisso.
[E nem adianta procurar no porta-luvas.]
Não há caminho. A ponte está quebrada.
A placa diz: PARE!
Nem cartomante podia "me abrir os caminhos" agora.
Retorno e fico dando voltas...
[É massacrante dirigir para lugar nenhum.]
Penso no caminho de volta. De volta pra onde?
Para minha vida talvez?
Continuo o trajeto.
Não procuro mais atalhos pra voltar.
Sigo em frente e o percurso me dá tempo suficiente,
para atualizar de forma pormenorizada minha memória afetiva.
Pois é, como eu mesma já escrevi,
às vezes é preciso mudar a rota, o problema é não ter mapa nenhum para nos guiar nisso.
[E nem adianta procurar no porta-luvas.]