28 de maio de 2011

Já era hora.



No dia em que eu fui embora, não levei a chave, não deixei bilhete. Não houve despedida, foi melhor assim. Pra que dizer o quanto foi bom ou o tanto que feriu à você e a mim. No dia em que fui embora, não houve poesia, música, ou flor. Quando parti, fui sem escolha, por necessidade. Quando fui embora, não houve abraço, nem tchau. Ir embora é mais difícil do que pensamos, é estranho. É na verdade, bem mais profundo do que se retirar. Ir embora, é não voltar.

26 de maio de 2011

Loucura lícita.



As vezes é saudável enlouquecer. Desamarrar a sanidade, abrir uma brecha para o coração respirar. Quero subir no vagão do avesso, da ousadia. Preciso inverter as perspectivas, assanhar as idéias, correr o risco de me achar. Assumo as consequências de todas as  sinapses que amanheceram dispostas ao equívoco, ao surto. Escolho ziguezaguear, provocar, derreter vontades. Não quero ser pautada, quero linhas tortas. Quero a alta temperatura de outros endereços, a resposta endócrina da paixão e toda sua auto combustão. Hoje não quero pouso, nem pausa, só quero ofegar. Quero seguir pela contra-mão, quero o contrário, quero perder o senso e achar o imaginário.  

Enfim, assimilei.

As alegrias não se sustentam pelas pernas,
e sim pelos olhos.

[O diferencial é a maneira como enxergamos.]

25 de maio de 2011

Pensando bem antes de desejar.



Deus tem um delicado costume de atender o que eu desejo.

23 de maio de 2011

Sem data de validade.

                                   
Momentos ruins
a gente tira de letra da memória. 
Dureza mesmo
 é esquecer os sorrisos edificados a dois.
Os beijos sem data de validade. 
O primeiro pensamento do dia
e o último ao deitar.

21 de maio de 2011

Da série: Saudade!



“E se é verdade que o tempo não volta,
também deveria ser verdade
 que os amigos não se perdem.”

Caio Fernando Abreu

É fato!

Há pessoas que nos fazem sentir menos sozinhas.

Eu peço...


Uma dose de amnésia, e duas de desapego, por favor.

Caio Fernando Abreu

É pela fé, que eu sigo.


“ Se é para ter fé, não se pode tê-la apenas quando ocorrem milagres. Devemos tê-la quando não ocorrem.”

[5meses]

19 de maio de 2011

E do desamor, livrai-nos.






Comunguei uma hóstia de letras
e fiz viva dentro de mim
a poesia.

Para remissão dos pecados
bastam as flores,
cortejando o que se promete tentar.
Orações feitas com poesia,
talvez nos livrem das razões e motivos
que esgarçam o amor.
Não nos deixemos sucumbir 
pelas linhas já prontas,
pois o poeta-exemplo escreveu nas tortas.
Batizemos a convivência com sorrisos
para a redenção das atitudes, 
maculadas por humores ranzinzas.
Que o contato seja a frase-mandamento
porque até podemos crer sem ver,
mas jamais sem sentir.

Traduzindo o gostar


Gostar é mais ou menos assim...
É ouvirmos o que diz quando cala e o que não diz quando fala.

18 de maio de 2011

Em "poucas" palavras.


Estou criando espaço para o nosso aperto.

17 de maio de 2011

AiMeuDeus

E não é que a gente se acostuma
 até com aquilo que tira o nosso juízo!

16 de maio de 2011

Escape


Eu fiquei ali.

Não sei se brincava de vendar o chão
ou à solidão.

12 de maio de 2011

Fechei os olhos e vi.

 
A escrita é alguém dentro de mim.

11 de maio de 2011

Flor Angélica.


Toda flor precisa de solo.
Então, onde está o meu colo?

10 de maio de 2011

"O meu som, e a minha fúria"




Meu bem, talvez você possa compreender a minha solidão

O meu som, e a minha fúria e essa pressa de viver

E esse jeito de deixar sempre de lado a certeza

E arriscar tudo de novo com paixão.

   Belchior

9 de maio de 2011

Remédio


Para curar febres emocionais

Basta ternura encostada no peito

Nada mais!

2 de maio de 2011

Das coisas ditas...



Eu escrevo um texto, você não lê.
Será que se eu te escrever um silêncio você vai me entender?

[Explicando o porque da folha em branco que deixei pra você]