18 de abril de 2011

Mural

Quase coberta de palavras por dentro.
Por fora, o encurtamento do papel.
(São só bilhetes agora).
O sentimento pregado em alfinetes.
Letras respingando os espaços dos olhos.
Olhos pingando a falta de espaço para me posicionar.
Aos trancos, a escrita muda a cena.
Aqui, o ar é de casa em obras.
Hoje mesmo dei voltas incríveis pelos destroços.
Visitas adiadas, encontros (não) vividos, cafés que esfriaram.
Há coisas que precisam durar o suficiente para esgotar.
E os bilhetes têm a autonomia de se escrever quando querem.

3 comentários soprados.:

Tiago Moralles disse...

Bilhetinhos são a eternidade em pedaços.

chica disse...

Adoro esses murais,tenho sempre recadinhos, até de mim pra mim mesma,rsrs...Somos madrugadoras,não? beijos,lindo dia!chica

Vanessa Souza disse...

gosto de adolescência, tem o mural...

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